Carambola na primeira curva afastou-o da provaO piloto português Tiago Monteiro saiu desiludido do Grande Prémio da Turquia de Formula Um, realizado hoje em Istanbul, onde teve a participação mais curta da sua carreira na disciplina máxima, percorrendo poucas centenas de metros, sendo forçado a abandonar. O seu M16 foi abalroado por Takuma Sato que estava envolvido na carambola que aconteceu na primeira curva. Um pião de um dos pilotos do meio da grelha armou a confusão no resto do pelotão. Um pouco desiludido pelo seu abandono precoce, Tiago Monteiro tudo fez para evitar a grande confusão, mas não teve sorte, ao tentar fugir pelo lado esquerdo.
“São acidentes de corrida, e por causa de um, ficam vários pilotos prejudicados. Todos a tentar desviar-se e eu até estava com uma boa linha para ganhar alguns lugares, mas acabei abalroado pelo Sato que me danificou o M16 sem hipóteses de levar o carro às boxes. Não é a primeira vez, nem será a última em que sofro com os erros de outros, mas também não há nada que possa fazer contra isto, faz parte deste desporto”, disse Tiago Monteiro.
O portuense sacrificou a sua performance na qualificação de ontem para ter uma boa estratégia para o Grande Prémio da Turquia: “É verdade que apostámos tudo na corrida e acredito que a nossa estratégia era boa, analisando bem o decorrer da prova, mesmo com o Safety Car a intervir durante algumas voltas, dava para conseguir um bom lugar”, continuou.
Insatisfeito com a largada, Tiago Monteiro ficou desiludido por não ter feito mais do que algumas centenas de metros: “O arranque não me correu nada bem, e fui passado pelos pilotos que estavam atrás de mim. O sistema electrónico de ajuda para os arranques não está muito bem e pela segunda vez consecutiva, quase deixava ir o motor a baixo no arranque”.
Mas o que mais aborrece Tiago Monteiro: “Foi, sair do circuito com a certeza que tinha um bom carro para a corrida e que a estratégia dos pneus era de facto a melhor. Mas, infelizmente às vezes acontecem estes acidentes na primeira curva quando o pelotão está ainda muito compacto e não há alternativa. É pura sorte sair incólume do meio de uma carambola que envolve bastantes carros”.
Foi o quarto abandono do Tiago Monteiro em 14 Grandes Prémios: “Não estava habituado a abandonar, mas é uma realidade que custa muito, porque é o trabalho de todo um fim-de-semana de toda a gente da equipa, que sem culpa nossa e devido a erros dos outros pilotos vai por água abaixo”, concluiu o piloto português que centra as suas atenções para a próxima prova em Imola. |